Feliz Ano Novo ! ! !

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010



Receita de um Feliz Ano Novo...


Dê amor e carinho e receberá igual ou mais ...

Tenha a paz no seu coração e voará tão alto que jamais será alcançado(a) pelo mal...

Brinde sem exageros e terá o equilíbrio, a vida...

Creia que é capaz e alcançará seus objetivos.

Acredite... uma boa idéia se transformará numa realização...

Preserve a própria vida e respeite a vida alheia.

Economize, mas com sabedoria. Não deixe de viver a vida por economia a pouco dinheiro e nem se venda por ele.

Ame com intensidade. Não tenha medo de alcançar as estrelas.

E o mais importante dos ingredientes...

encontre-se com Deus todos os dias...

assim tudo se tornará muito mais simples e o seu ano será Iluminado!


Feliz Ano Novo!

 

Mensagem de Aniversário para Dayane...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010



Feliz Aniversário Dayane:

Passei um tempão tentando imaginar alguma coisa bem bonita e criativa para lhe dizer nesta data.

Nada me pareceu mais verdadeiro do que desejar-lhe apenas um dia muito feliz!

É nisso que sua tia está pensando no dia do seu aniversário.

Você é uma pessoa maravilhosa e eu sinto o maior orgulho de ser sua tia, estou feliz por poder estar acompanhando de mais perto o desenrolar da passagem do tempo na sua vida, tempo que você não tem como um fardo, mas como um elemento importante para o aprofundamento da percepção do mundo, dos seus mistérios e seus significados.
Hoje eu desejo muitas coisas para você, quero que receba esta carta como quem recebe a confirmação de um afeto tantas vezes declarado.

 Quero que você tenha o espirito cheio de esperança para enfrentar os muitos anos que ainda virão.

Quero ainda que tenha todos os motivos para sorrir e nenhum para se aborrecer.
Mas na verdade o que eu mais quero mesmo é continuar contando com a sua amizade e poder estar sempre por perto, sempre ao seu redor.

Através de um beijo estou desejando que tenha toda a felicidade que merece, sabendo que você vai reparti-la sempre, com as pessoas a quem ama.
Receba todo o desejo de ventura que tenho no coração.

Feliz aniversário
Tia Rosa



Culinária...Cortar cebolas ...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Por que choramos ao cortar cebola?
Descubra também como fazer para não deixar a lágrima cair.
Por: Alexandre Leiras Gomes

Não importa quem está no comando das artes culinárias, mesmo o mais bravo dos mestres-cucas se debulha em lágrimas diante de uma cebola! Se você já passou pela experiência de cortar uma, sabe que não se trata de emoção de cozinheiro e, sim, de ardência nos olhos mesmo. Mas por que a cebola faz qualquer um chorar?
A explicação está na química. Dentro das células da cebola existem compostos de uma substância chamada enxofre, que é responsável pelo cheiro característico do vegetal. Quando as células se rompem pela ação da faca, esses compostos se transformam em gases que são liberados no ar e chegam até os nossos olhos, fazendo-os arder.
Sentimos o desconforto na visão porque os gases liberados pela cebola se transformam em ácido quando entram em contato com a lágrima natural que lubrifica nossos olhos. Como o tal ácido é um composto estranho para o corpo, nosso organismo logo dá um jeito de se proteger: ativa as nossas glândulas lacrimais – os nossos, digamos, para-brisas oculares –, que produzem mais lágrimas para lavar a irritação e expulsar o ácido indesejado.
Quer dizer que toda vez que precisarmos cortar uma cebola vai ser esse chororô? Nada disso! Aqui vai uma dica preciosa que você pode espalhar para os adultos: lave bem a cebola e corte-a debaixo da torneira. Desse modo, o ácido irá se formar quando entrar em contato com água e não com os seus olhos. Mas é preciso ser ágil para evitar o desperdício deste líquido tão precioso!
Alexandre Leiras Gomes
Departamento de Química
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Revista CHC | Edição 218

Agradecer sempre !!!

sábado, 27 de novembro de 2010



O ARTISTA QUE ME FEZ

Uma vez me fiz a pergunta: Agradecer a Deus de que? Por quê? Se sou perfeito, não sinto nada a me atrapalhar?
Daí me questionei: Por que sou perfeito? Não seria porque quem me teceu no ventre materno se esmerou na moldura?
Se nada sinto para atrapalhar não seria porque alguém me guia os passos?
Então me veio a resposta: Sou dependente de tudo, nunca vi meus órgãos e eles desempenham sua função sem que eu os auxilie desta ou daquela maneira. Meu coração começou a funcionar ainda dentro do ventre de minha mãe e nunca parou em momento algum e eu às vezes o sobrecarrego com preocupações, excessos, noitadas insone, irritações e coisas fora da realidade. Meu fígado, meus rins já suportaram tanta sobrecarga causada pela ingestão de álcool e produtos de difícil digestão causando transtorno também no aparelho digestório.
Cheguei a conclusão que existe uma força invisível que orienta tudo o que faço e essa força é Deus.
Após chegar a essa conclusão comecei a agradecer  essa manifestação de carinho todas as noites antes de dormir. Agora mesmo no momento que manejo a caneta para escrever esse testo agradeço, pois o movimento do meu cérebro que pensa, de minha mão que ampara a caneta só é possível porque essa força está atuando e está permitindo que a manifestação da vida se ocupe também da manifestação do agradecimento por tanta graça recebida.
Após reconhecer a minha dependência de tudo, Vos agradeço como obra Vossa, o esmero do Artista que com tanto carinho me fez assim como sou.
Obrigado Senhor por tudo!

Luiz Gonzaga da Silva

 

Fim de semana...

sábado, 20 de novembro de 2010

Doação de órgãos

sexta-feira, 19 de novembro de 2010



A doação de órgãos no Brasil
Um ato de Amor ao próximo...Seja um doador você também.
Só no Estado de São Paulo, no ano de 2008, o transplante de órgãos atingiu recorde histórico. Até 15 de dezembro, foram 1.386 cirurgias, superando em 23% o ano passado. Foram 72 transplantes de coração, 117 de pâncreas, 752 de rim, 400 de fígado e 45 de pulmão. Esses são dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Inclusive, São Paulo registra quase um transplante por hora.
Mas, o que ainda faz com que o número de órgãos e de doadores seja insuficiente?
A resistência familiar é um entrave. O potencial doador tem que ter morte cerebral que ocorre como conseqüência de acidentes graves. A família fica tão perplexa diante da tragédia, que racionalmente não consegue analisar o fato com a frieza necessária para decidir e optar pela doação.
Um problema que pode impedir a doação é o paciente sofrer uma parada cardíaca durante a cirurgia, o que inviabiliza a retirada de alguns órgãos para doação. Além disso; resultados de sorologia positiva para HIV e outras doenças infecciosas, também tornam os órgãos inviáveis para o transplante.
Quanto à medula óssea, um acontecimento que vem favorecer a localização de um doador compatível; é a participação do Brasil na maior rede de registros de doadores de medula óssea do mundo; a americana National Marrow Donor Program (NMDP). Isso aumenta consideravelmente as chances de quem está à espera de um doador compatível. Só ela agrega 7 milhões de americanos cadastrados e mais 3 milhões de pessoas de outros países. O banco brasileiro tem 800 mil.
O nosso banco de dados também passa a fazer parte, porque agora a qualidade dos nossos registros e do sistema de busca, coleta e armazenamento foram reconhecidos. Essa parceria legitima internacionalmente a excelência do sistema brasileiro. O próximo país a participar deve ser a Alemanha.
Isso amplia a possibilidade de pacientes brasileiros encontrarem um doador compatível fora do país, com um custo muito menor, já que cerca de 45% deles já recorrem a bancos estrangeiros.
Os custos são altos e o SUS financia a identificação internacional de doadores, que chega a custar R$ 50 mil. Com essa troca entre banco de dados; o que for arrecadado com o envio de células-tronco de doadores brasileiros para outros países, será utilizado nos gastos para a busca internacional de doadores.
Quem faz essa busca é o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME ).
Outra informação animadora é a de que São Paulo zerou a fila de transplantes de córnea na capital. A tendência é de que esse fato ocorra em outras capitais e quem sabe no país inteiro.
Uma medida polêmica, decidida pelo Ministério da Saúde, pode beneficiar pessoas que estão na fila à espera de um transplante. São os órgãos "limítrofes", aqueles que não estão em condições ideais para transplante, mas que no caso de extrema necessidade podem ter certa eficácia. Esses órgãos "limítrofes" são aqueles que viriam de doadores com doenças infecciosas, como a hepatite B,C, doença de Chagas, etc. O sistema será semelhante ao existente em São Paulo, onde pacientes e médicos decidem sobre o uso de órgãos não ideais antes do cadastro na fila.
O receptor teria que consentir. As entidades que representam os interesses dos pacientes estão preocupadas com essa medida. A receptora recebe o órgão, que tanto necessita, mas também pode receber a doença que o doador possuía. A questão é avaliar se o risco compensa. Nessa hora, o médico junto com o paciente tem que ponderar os prós e contras e tomar a decisão.
Esses órgãos serão oferecidos ao primeiro da fila, que se não aceitar será oferecido ao próximo e assim por diante. Certamente é mais uma opção, mas a polêmica vai gerar debates que podem trazer esclarecimentos e uma abordagem segura para esse procedimento, sendo mais uma esperança para aqueles que já não tem nenhuma.
Essa nova regra foi publicada em março/2009
O que pode ser doado:
1) Antes da parada cardíaca
• Coração (retirado do doador e mantido fora do corpo por no máximo 6 horas)
• Pulmão (retirados do doador e mantidos fora do corpo por no máximo 6 horas)
• Fígado (retirado do doador e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
• Pâncreas (retirado do doador e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)
2) Depois da parada cardíaca
• Córneas (retiradas do doador até 6 horas e mantidas fora do corpo por até 7 dias)
• Rins (retirados do doador até 30 minutos e mantidos fora do corpo até 48 horas)
• Ossos (retirados do doador até 6 horas e mantidos fora do corpo por até 5 anos)
• Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
• Pele
• Válvulas Cardíacas.
3) Órgãos que podem ser doados em vida:
• Rim (apenas um)
• Pâncreas (uma parte)
• Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
• Fígado (apenas parte dele, em torno de 70%)
• Pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais)
Campanhas para incentivar a doação de órgãos para transplantes têm acontecido pelo país e em propagandas na TV.
O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo de ser doador. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também pode ser realizada, em caso de parentesco até 4ºgrau ou com autorização judicial (não parentes).
Fonte: Ministério da Saúde
A doação de órgãos é um ato louvável. Muitos ainda são resistentes por pura falta de informação. Quem morre não vai mais usar seus órgãos. Por outro lado, quem os recebe recupera sua qualidade de vida e saúde.
Quando você doa seus órgãos uma parte de você continua viva. Seja doador. Essa frase foi usada no comercial "O Cachorro", veiculada na TV aberta e que faz parte da campanha da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, para incentivar a doação de órgãos. Sensível e criativa. Vale conferir.
http://bbel.uol.com.br/comportamento

AMOR... Artur da Távola

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


 




Amor Maduro

 O amor maduro não é menor em intensidade. Ele é apenas quase
silencioso. Não é menor em extensão. É mais definido, colorido
e poetizado.

Não carece de demonstrações: presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas: amplia-se com as ausências
significantes.

O amor maduro
somente aceita viver os problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas de construir o bem e o
prazer.

Problemas da infelicidade não interessam ao amor maduro.
O amor maduro cresce na verdade e se esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco. Não precisa nem quer nada do
muito.

Está relacionado com a vida e a sua incompletude, por isso é pleno em
cada ninharia por ele transformada em paraíso. É feito de compreensão,
música e mistério. É a forma sublime de ser adulto e a forma adulta de
ser sublime e criança. O amor maduro não disputa, não cobra,
pouco
pergunta, menos quer saber.

Teme, sim. Porém, não faz do temor, argumento. Basta-se com a
própria existência. Alimenta-se do instante presente valorizado e
importante porque redentor de todos os equívocos do passado.

O amor maduro é a regeneração de cada erro. Ele é filho da capacidade
de crer e continuar, é o sentimento que se manteve mais forte
depois de
todas as ameaças, guerras ou inundações existenciais com epidemias de
ciúme.

O amor maduro é a valorização do melhor do outro e a relação com a
parte salva de cada pessoa. Ele vive do que não morreu mesmo tendo
ficado para depois.

Vive do que fermentou criando dimensões novas para sentimentos
antigos, jardins abandonados cheios de sementes. Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue. Não persegue, recebe.

Não exige, dá. Não pergunta, adivinha. Existe, para fazer feliz. Só teme
o que cansa, machuca ou
desgasta.

( Autor Artur da Távola )




Ditos Populares...

terça-feira, 9 de novembro de 2010



Expressões e seus significados


JURAR DE PÉS JUNTOS
- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado p'ra dizer nada além da verdade.
Até hoje o termo é usado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO:
- Nossa, que cara mais barbeiro!
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA:
- O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.

OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 Killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PRA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO:
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:
A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente  pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM:
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indìgenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen" .

VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

A DAR COM O PAU:
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:
Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA , TANTO BATE ATÉ QUE FURA:
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.
P/Welmar Antonio Braga

Mulheres...

domingo, 7 de novembro de 2010

Toda mulher é mãe

Mesmo que nunca tenha gerado um filho.

Mesmo que nunca venha gerá-lo.

Toda mulher é mãe.

Primeiro da boneca.

Mais tarde do irmãozinho.

Casada, é mãe do marido, antes de sê-lo dos filhos.

Sem filhos, será mãe adotiva ou madrinha.

Entregará a alguém os benefícios do seu amor.

Os sobrinhos, os filhos alheios, talvez uma justa causa.

Joana D’Arc foi mãe de sua causa e por ela morreu queimada, como qualquer mãe morreria por seu filho.

Quantas mulheres, que a vida não escolheu para a maternidade de seus próprios filhos, não se tornaram mães das próprias mães?

Quantas?

Ou do pai ou do avô.

A maternidade é irreprimível.

Como uma fonte de água que uma pedra obstrui, ela vai brotar mais adiante.

A freira é filha de Deus, mas numa repetição perpétua do mistério da Virgem, torna-se mãe de Jesus.

Na guerra, a mulher é mãe dos feridos, mesmo que usem outras bandeiras e vistam outro uniforme.

A maternidade não tem fronteiras, não tem cor, não tem preferências.

É das poucas coisas que bastam a si próprias.

Tem a sua própria religião.

Tem a sua própria ideologia.

Causa, origem, começo.

Toda mulher é mãe.

(Desconheço o autor)

Crônica - Eça de Queirós

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A crónica

A crónica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o lêem: conta mil coisas, sem sistema, sem nexo; espalha-se livremente pela natureza, pela vida, pela literatura, pela cidade; fala das festas, dos bailes, dos teatros, das modas, dos enfeites, fala de tudo, baixinho, como se faz ao serão, ao braseiro, ou ainda de verão, no campo, quando o ar está triste.

Ela sabe anedotas, segredos, histórias de amores, crimes terríveis; espreita porque não lhe fica mal espreitar. Olha para tudo, umas vezes maliciosamente, como faz a lua, outras alegre e robustamente, como faz o sol; a crónica tem uma doidice jovial, tem um estouvamento delicioso: confunde tudo, tristezas e facécias, enterros e actores ambulantes, um poema moderno e o pé da imperatriz da China; ela conta tudo o que pode interessar pelo espírito, pela beleza, pela mocidade; ela não tem opiniões, não sabe o resto do jornal; está aqui, nas suas colunas, cantando, rindo, palrando; não tem a voz grossa da política, nem a voz indolente do poeta, nem a voz doutoral do crítico; tem uma pequena voz serena, leve e clara, com que conta aos seus amigos tudo o que andou ouvindo, perguntando, esmiuçando.

A crónica é como estes rapazes que não têm morada sua e que vivem no quarto de seus amigos, que entram com um cheiro de primavera, alegres, folgazões, dançando, que nos abraçam, que nos empurram, que nos falam de tudo, que se apropriam do nosso papel, do nosso colarinho, da nossa navalha da barba, que nos maçam, que nos fatigam mesmo e, quando se vão embora, nos deixam cheios de saudade.

Eça de Queirós, in - Distrito de Évora, nº1 6/1/1867

 
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