Margarida nasceu em 22 de agosto de 1647, em Verosvres, na Borgonha, França. Sua formação cultural e religiosa foi feita por monjas clarissas. Porém, desde cedo enfrentou dificuldades. Seu pai morreu e, logo em seguida, Margarida adoeceu. Sofreu com uma doença desconhecida, vivendo algum tempo na cama.
Deus suscitou este luzeiro, ou seja portadora da luz que é Cristo, num período em que na Igreja penetravam as trevas do jansenismo: doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava o povo dos Sacramentos
O nome de Santa Margarida Maria Alacoque está intimamente ligada a fervorosa devoção do Sagrado coração de Jesus. Médicos e remédios não conseguiram curá-la.
Margarida, então, fez uma promessa para Nossa Senhora: se fosse curada, dedicaria sua vida ao serviço de Deus. Logo depois ela ficou curada. Convencida de que passara por uma intervenção divina, aos vinte e quatro anos foi para Paray-le-Monial, e entrou para a Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales, sessenta anos antes.
Um ano depois, na festividade de São João Evangelista de 1673, irmã Margarida Maria estava rezando diante do Santíssimo Sacramento. Jesus, então, se manifestou a ela de forma visível. Tal cena iria se repetir durante dois anos, sempre na primeira sexta-feira de cada mês.
Ao falar dessa visões, passou por incompreensões e julgamentos precipitados. Mas o padre jesuita Cláudio de la Colombiére foi indicado para fazer seu acompanhamento espiritual. Ele era muito respeitado no tratamento de experiências místicas. Com discrição o zeloso padre conseguiu penetrar nesse mistério, até referendar as palavras de Margarida Maria.
Ao final de dois anos, na manifestação de 1675, Jesus se apresentou com o peito aberto e, apontando para o coração disse: “Eis o Coração que tem amado tanto aos homens a ponto de nada poupar até exaurir-se e consumir-se para demonstrar-lhes o seu amor. E em reconhecimento não recebo senão ingratidão da maior parte deles.”
Margarida foi nomeada mestra das noviças. E teve o consolo de ver que, aos poucos foi se consolidando a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Morreu suavemente, no dia 17 de outubro de 1690, quando estava com 43 anos de idade. Foi canonizada em 1920, pelo papa Bento XV. A data da sua festa foi antecipada de um dia, para o dia 16 de outubro, para não coincidir com a de santo Inácio de Antioquia.
Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus e o papa Pio XII recomendou esta devoção que nos leva ao encontro do coração eucarístico de Jesus.
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